A troca no comando da Polícia Federal é uma derrota para o grupo mais próximo de Michel Temer, dentre eles o ex-presidente José Sarney (MDB), que patrocinou a escolha do agora ex-diretor da corporação Fernando Segovia em novembro do ano passado.
Alguns dos principais aliados do presidente só foram comunicados da substituição depois que a decisão já havia sido tomada e avalizada por Temer.
A mudança na cúpula da corporação, agora sob tutela de Rogério Galloro, serviu para acabar com o desgaste provocado por Segovia, além de dar força política a Jungmann no momento em que assume a chefia da pasta que representa a mais nova bandeira do governo: a segurança pública.
O ministro fez questão de avisar pessoalmente a Eliseu Padilha (Casa Civil) sobre a demissão do diretor-geral da PF.
Padilha, por sua vez, não gostou da mudança na PF. Ele foi um dos principais defensores da nomeação de Segovia, assim como o ex-presidente José Sarney (MDB-AP). O objetivo, à época, era promover mudanças na condução da Operação Lava Jato, que avançava sobre o coração do Palácio do Planalto após a delação de executivos da JBS.
Da Folha de São Paulo
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