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Grupo Sarney pode ser pulverizado na Câmara Federal e Assembleia Legislativa


Não é só na montagem da chapa majoritária que o Grupo Sarney continua cheio de dúvidas. A disputa por vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal também tem sido uma dor de cabeça para a oligarquia. Praticamente isolado, o clã quase não contará com nomes de peso nas disputas de deputados estaduais e federais.

Se nas últimas eleições a máquina do Estado foi usada para eleger vários secretários de Estado, parentes e apaniguados da família Sarney, desta vez a falta de ânimo de alguns parlamentares e de quadros que possam oxigenar o grupo pode refletir diretamente na eleição majoritária. Tudo porque, com poucos candidatos a deputado, estadual e federal, perde-se musculatura, sobretudo no voto para o governo.

A maioria dos deputados federais que fizeram campanha para o grupo Sarney, hoje mudou de lado, e estará nas ruas pedindo votos para Flávio Dino, casos de André Fufuca, Juscelino Filho, Cléber Verde, Pedro Fernandes – que lançará o filho Pedro Lucas – Júnior Marreca e Zé Carlos. Sarney Filho disputará o Senado.

Sobram para a família poucos nomes de expressão. Hildo Rocha, cão de guarda de Sarney, foi o mais votado nas últimas eleições prometendo milhões em convênios para os prefeitos. Sem a máquina, dificilmente se reelegerá. Outro que tem volta improvável é João Marcelo, filho de João Alberto, também eleito graças a máquina estadual.

Sem a prefeitura de Pinheiro, Victor Mendes terá grandes dificuldades para renovar o seu mandato. O mesmo caso de Alberto Filho, que já admite aos mais próximos que não disputará uma cadeira na Câmara, e sim na Assembleia. Eleito arrastado em meio ao caos no Sistema de Segurança, o ex-secretário Aluísio Mendes é outro que ganhará a alcunha de político bananeira, aquele que só dá uma vez.

Na Assembleia Legislativa o cenário é ainda mais penoso para a família Sarney. Nomes que, historicamente, se elegiam utilizando a máquina estatal ainda nem se pronunciaram se disputarão a reeleição. Dos rebentos da oligarquia, Andrea Murad vai disputar uma vaga de deputada federal, já que o pai, Ricardo Murad, teria que sacrificar o genro, Sousa Neto, caso a filha quisesse a reeleição. O risco é os dois ficarem sem mandato, já que os cofres da saúde desta vez não irrigarão suas campanhas.

Edilázio Júnior e Adriano Sarney são os únicos do clã que tem uma chance maior pelo lastro político e financeiro que foi construído ao longo do tempo pela proximidade de suas famílias com o poder. Eduardo Braide é assediado diariamente pela oligarquia para disputar o governo. E o último dos sete anões da Branca, Wellington do Curso, está muito mal visto pela população, e é outro que dificilmente se reelege.

Sem a máquina, o grupo Sarney perdeu aliados e possíveis candidatos. E a tendência é que as derrotas em 2018 enfraqueçam a oligarquia em todas as suas instâncias. É aguardar e conferir.

Do Marrapá

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